A antecipação de recebíveis é um recurso bastante utilizado para quitar dívidas e resolver emergências. Mas será que vale a pena?
O fluxo de caixa não está dando conta das despesas? Precisa pagar os fornecedores, mas não tem dinheiro? Quer reforçar o estoque, porém a grana tá curta? A antecipação de recebíveis pode ser a alternativa para parte das perguntas que causam dor de cabeça em donos de negócio.
Mas calma! Não dá pra antecipar tudo de qualquer jeito. É preciso cautela, planejamento e atenção. Será que essa modalidade de crédito realmente vale a pena?
Segura na minha mão que a gente vai te explicar o que é e como funciona a antecipação de recebíveis, enumerar as taxas envolvidas e te ajudar a entender se usar o recurso vale a pena ou não.
O que é antecipação de recebíveis?
Imagine uma mercearia de bairro. Ela precisa de dinheiro quase diariamente para repor as mercadorias que vende. No entanto, boa parte dos consumidores utiliza o cartão de crédito no pagamento, e nesses casos a mercearia só recebe o dinheiro integralmente trinta dias depois da venda.
Esses estabelecimentos, apesar de terem um faturamento alto, acabam possuindo pouco dinheiro em caixa para quitar dívidas, pagar o salário dos funcionários e arcar com as despesas dos fornecedores.
Isso porque existe um descasamento de fluxo de caixa na operação. Ou seja, o prazo das contas que a empresa precisa pagar é menos do que o prazo para receber os pagamentos. A antecipação de recebíveis se torna uma saída para que o negócio continue funcionando.
O recurso possibilita você embolsar agora um valor que só receberia no futuro. É uma resposta urgente enquanto a empresa se organiza para entrar nos eixos. O problema é que a empresa precisa pagar taxas de antecipação que podem diminuir em muito o valor total a receber.
Quando a antecipação de recebíveis é utilizada de forma recorrente, como uma solução definitiva para o fluxo de caixa, a empresa passa a enfrentar problemas financeiros.
Quando é hora de antecipar os recebíveis?
Cuidado! Seja para pagar fornecedores, reforçar o estoque, contratar funcionários ou levantar capital de giro, antecipar recebíveis é um recurso emergencial.
Antes de recorrer a essa alternativa, o empreendedor precisa avaliar outras opções. Isso porque o processo envolve uma série de custos e descontos que podem transformar a alegria da antecipação na tristeza de um prejuízo financeiro.
É fundamental, portanto, analisar a projeção do fluxo de caixa e calcular os valores a receber para entender se o adiantamento faz sentido ou não dentro da estratégia da empresa.
Sem planejamento, você pode criar um problema ainda maior para o seu futuro.
Como funciona a antecipação de recebíveis?
Agora que você já sabe o que é a antecipação de recebíveis, deve estar se perguntando como realizar a operação. E, como a maioria das decisões ruins, é bem simples:
Basta solicitar o adiantamento com a instituição financeira de sua preferência – ou com a própria maquininha. Após uma análise, a entidade define os juros e descontos envolvidos naquela operação, além do prazo para o dinheiro chegar na conta. Você paga um custo percentual sobre todas as vendas relacionadas ao valor que quer antecipar, muito parecido com como funciona um imposto, por isso tem gente que chama a antecipação de “imposto da maquininha”.
Antecipação de recebíveis: taxas
Agora vamos à pior parte: os descontos!
As taxas envolvidas em um processo de antecipação de recebíveis dependem da modalidade de antecipação, setor do varejista, prazo médio dos recebíveis, volume antecipado e estrutura de quem está fazendo a antecipação.
Bancos, por exemplo, na maioria das vezes, cobram uma taxa administrativa e a incidência de IOF (Imposto sobre operações financeiras); enquanto os FIDCs podem ser isentos do IOF.
O prazo médio da antecipação também impacta o custo, quanto mais distante o recebível que quer antecipar, mais vai custar.
O valor da cobrança aumenta de forma proporcional ao número de parcelas. No caso de uma compra dividida em cinco vezes, por exemplo, a instituição financeira vai cobrar uma taxa pelo adiantamento do primeiro mês; outra taxa, mais cara, pelo adiantamento do segundo, e assim sucessivamente.
No fim das contas, o valor recebido pelo empreendedor é cada vez menor a depender da quantidade de parcelas adiantadas.
Um método de pagamento inteligente e sem burocracia
E se existisse uma forma de usar recebíveis sem pagar taxas de antecipação, com prazos estendidos para pagar seus fornecedores e com mais limite de crédito? Pois, te dizemos que existe sim e é bem mais acessível do que você imagina.
A Marvin é um método de pagamento para empresas que permite que o empreendedor pague o seu fornecedor com o saldo das maquininhas, sem precisar pagar taxas para antecipar esse valor ou acessar outras linhas de crédito.
Em síntese, o empreendedor toma o controle do seu dinheiro, ganha flexibilidade para efetuar pagamentos e fôlego para o fluxo de caixa. Tudo isso sem gastar nada a mais.
Além disso, disponibilizamos uma plataforma que permite acompanhar todos os recebíveis em um só lugar, podendo filtrar por adquirente e até identificar valores já comprometidos para pagamentos futuros.
Desta forma, o lojista não precisa pagar nenhuma taxa de antecipação, como acontece com instituições financeiras. Quer uma solução mais prática para curar suas dores de cabeça? Veja como podemos te ajudar!
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